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domingo, 18 de outubro de 2009

EDUCAÇÃO LIBERTÁRIA

Se solicitarmos à maioria das pessoas envolvidas com a educação sobre qual é a definição de EDUCAÇÃO, qual é o conceito de educação, teremos dificuldades. O que é educação no Ocidente? Ou seja, qual é a essência da educação? Em outras palavras, o que faz a educação ser o que é?

Que tipo de pessoas queremos formar? Aonde queremos chegar? Sim, porque "o navio que não sabe a que porto atracar, nenhum vento lhe é favorável", já dizia Sêneca. Vejo vários professores, diretores, secretários de educação e pedagogos com uma visão aristotélica da educação e não sabem que estão preconizando a teoria do ATO E POTÊNCIA de Aristóteles.

Vemos os mesmos profissionais preconizando que devemos formar cidadãos críticos, conscientes e livres, mas bastam alguns questionamentos por parte de alguns alunos e professores, para que os especialistas da educação acharem que somos contra o "projeto".

Vemos que a Constituição preconiza um Estado laico, entretanto, constatamos o ensino religioso dentro das escolas. Inclusive, a maioria dos profissionais rezando dentro da escola, levando a religião, que já ocupa tanto espaço na nossa sociedade, tomar conta do espaço educacional. A escola deveria ser um espaço para se estudar as ciências, as artes e a Filosofia. Não deveríamos levar as nossas crenças religiosas, da esfera privada, para a esfera pública. Se ensinássemos as crianças e os jovens a arte da refletir, de fazer perguntas, e não colocássemos um monte de conceitos mofados, esclerosados e cristalizados pelos costumes( tantos arcaicos e ridículos), não teríamos o quadro que ora vemos.

Devemos preparar o cidadão para o mercado de trabalho, mas não podemos esquecer da sua dimensão humana. Não adianta nada a pessoa ser um excelente técnico, se não for capaz de ser um ser humano no sentido magnânimo dessa palavra. Deveríamos estimular os nossos jovens a fazer perguntas. As perguntas são muito mais importantes do que as respostas. Quem sabe fazer perguntas tem o poder da cidadania nas mãos. Queremos isso? Não. Queremos robôs. Simples!

De que adianta ser um especialista e saber tudo de uma área? O especialista sabe tanto de uma coisa, até saber tudo de nada. Uma pessoa que enxerga muito bem uma árvore, terá dificuldade de enxergar a floresta. Quantos de nós conseguimos ver as coisas no conjunto? Quem vê tudo de forma fragmentada não é capaz de relacionar nada. O status quo quer é isso mesmo. Enquanto não formos capazes de enxergar a floresta, seremos prisioneiros de políticos demagogos, religiosos fanáticos, e demais pilantras de plantão.

Texto: Marco Aurélio Machado