O que é o homem é a parte da Filosofia que estudamos com o nome de Antropologia Filosófica. Talvez seja uma das disciplinas mais complexas que quem estuda Filosofia se depara. O que é o homem? Várias definições já foram postuladas, nenhuma, a meu ver, deu conta de "enquadrar" o homem dentro de um conceito.
O conceito congela a realidade. Uma realidade congelada é estática, não tem vida. O homem, tal qual a vida, é dinâmico e o fim do seu projeto é a morte. Entre as várias características humanas, uma das mais angustiantes é a consciência da própria morte. É a certeza da destruição total. É a convicção que de um ponto de vista estritamente lógico e racional, nada mais resta a esperar. A morte é o fim da odisseia terrestre individual para a pessoa humana. Diante dessa questão, apenas de o homem, geralmente, se sentir superior aos animais, penso que quem já refletiu sobre tal assunto, no íntimo, tem inveja dos animais, visto que eles não sabem que morrerão.
Sartre afirmou uma vez que a morte é a "nadificação dos nossos projetos; é a certeza que um nada nos espera". Eu discordo. Nem isso podemos afirmar. Morremos para o outro, saber o que é a morte ninguém sabe. Temos tão somente crenças e descrenças a respeito. Dizer que o homem é um animal racional, como disseram alguns filósofos gregos antigos, também não resolve o problema. A razão humana pode muito pouco sobre o dilema da morte.
Há muitas outras definições sobre o que é o homem. Ele é definido como um ser político; um ser econômico; um ser cultural; um ser histórico; um ser social; um ser simbólico; e tantos outros. Penso que o homem é tudo isso. E mais tantas coisas... Esse processo conceitual é infinito. O homem não é uma equação matemática ou uma dedução lógica. É complexo demais para caber dentro de uma ideia universal. Todavia, uma pergunta não quer se calar: o homem precisa refletir sobre a morte, para que ele não esteja morto em vida. No meio de milhões e milhões de possibilidades, nasceu cada um de nós. Pura loteria. Um bom motivo para perguntarmos: o que estamos fazendo das nossas vidas? Ela é muito importante para que os outros a vivam por nós!!! Eis o dilema...
Texto: Marco Aurélio Machado
O conceito congela a realidade. Uma realidade congelada é estática, não tem vida. O homem, tal qual a vida, é dinâmico e o fim do seu projeto é a morte. Entre as várias características humanas, uma das mais angustiantes é a consciência da própria morte. É a certeza da destruição total. É a convicção que de um ponto de vista estritamente lógico e racional, nada mais resta a esperar. A morte é o fim da odisseia terrestre individual para a pessoa humana. Diante dessa questão, apenas de o homem, geralmente, se sentir superior aos animais, penso que quem já refletiu sobre tal assunto, no íntimo, tem inveja dos animais, visto que eles não sabem que morrerão.
Sartre afirmou uma vez que a morte é a "nadificação dos nossos projetos; é a certeza que um nada nos espera". Eu discordo. Nem isso podemos afirmar. Morremos para o outro, saber o que é a morte ninguém sabe. Temos tão somente crenças e descrenças a respeito. Dizer que o homem é um animal racional, como disseram alguns filósofos gregos antigos, também não resolve o problema. A razão humana pode muito pouco sobre o dilema da morte.
Há muitas outras definições sobre o que é o homem. Ele é definido como um ser político; um ser econômico; um ser cultural; um ser histórico; um ser social; um ser simbólico; e tantos outros. Penso que o homem é tudo isso. E mais tantas coisas... Esse processo conceitual é infinito. O homem não é uma equação matemática ou uma dedução lógica. É complexo demais para caber dentro de uma ideia universal. Todavia, uma pergunta não quer se calar: o homem precisa refletir sobre a morte, para que ele não esteja morto em vida. No meio de milhões e milhões de possibilidades, nasceu cada um de nós. Pura loteria. Um bom motivo para perguntarmos: o que estamos fazendo das nossas vidas? Ela é muito importante para que os outros a vivam por nós!!! Eis o dilema...
Texto: Marco Aurélio Machado