Todas às vezes que leio ou escrevo esta palavra (sábio), eu me lembro do(a) personagem do AUTODIDATA, DO LIVRO A NÁUSEA, DE JEAN PAUL SARTRE. LIA TODOS OS LIVROS DA BIBLIOTECA EM ORDEM ALFABÉTICA, MAS ERA CONSIDERADO UM TOLO. O ideal é reunir todas as qualidades em uma pessoa só. Infelizmente, a palavra ideal nos dá um recado direto: IDEAL, aquilo que só existe na imaginação, que é perfeito no plano das idéias.
A erudição quase sempre está relacionada à teoria, uma espécie de "enciclopédia humana". Uma pessoa sábia, a meu ver, é aquela que nem sempre é erudita, entretanto, é capaz de contemplar o real como se fosse uma floresta, de uma perspectiva ampla. Sabe fazer perguntas complexas e profundas, usando conceitos e definições simples. Não é necessariamente humilde, nem é arrogante, apesar de muitos o considerarem assim. Não necessita de aprovação e nem deseja aplausos. Tem convicção e não se deixa persuadir facilmente, contudo, muitos o consideram teimoso. Assume a responsabilidade pelos seus atos, tendo, portanto, autonomia. Autônomo é o sujeito que dá a si mesmo a lei. É comandado de dentro e por isso é uma pessoa livre. Enfrenta os desafios que aparecem e mata a esperança (quem espera nunca alcança) todos os dias, contudo, sabe qual é o melhor momento para agir. Essa espera, entretanto, é relativa, pois se ela não acontece, ele a faz acontecer, quando tal atitude depende mais dele que dos outros.
O sábio compreende que o nascimento de um ser humano é puro acaso, porque, entre no mínimo 300.000.000 de espermatozóides, chegou primeiro. Assim, percebe o quão é importante ter nascido e por isso faz a diferença onde quer que esteja. Uma pessoa sábia tem defeitos como qualquer ser humano, afinal não é um deus e nem conta com ajuda sobrenatural. Contenta-se com a natureza e com a finitude aparente da vida.
O sábio observa com perspicácia o cotidiano e tira lições da vida como poucos. Ele sabe que os que o julgam, fazem-no a partir dos próprios valores, por isso são suspeitos. Nesse sentido, não se abala com as críticas. Para ele, "o tempo é o senhor da razão". O sábio sabe que são os nossos atos quem diz o que somos e não as nossas palavras, por mais belas que sejam. Conhece a pessoa olhando-a nos olhos. Ele passa a impressão de que faz uma "radiografia da alma". Um sábio desperta a inveja dos medíocres e dos amantes do poder, porém, conhece o inimigo como poucos. O sábio conhece "O PULO DO GATO", mas quase sempre é vítima das "serpentes".
A erudição quase sempre está relacionada à teoria, uma espécie de "enciclopédia humana". Uma pessoa sábia, a meu ver, é aquela que nem sempre é erudita, entretanto, é capaz de contemplar o real como se fosse uma floresta, de uma perspectiva ampla. Sabe fazer perguntas complexas e profundas, usando conceitos e definições simples. Não é necessariamente humilde, nem é arrogante, apesar de muitos o considerarem assim. Não necessita de aprovação e nem deseja aplausos. Tem convicção e não se deixa persuadir facilmente, contudo, muitos o consideram teimoso. Assume a responsabilidade pelos seus atos, tendo, portanto, autonomia. Autônomo é o sujeito que dá a si mesmo a lei. É comandado de dentro e por isso é uma pessoa livre. Enfrenta os desafios que aparecem e mata a esperança (quem espera nunca alcança) todos os dias, contudo, sabe qual é o melhor momento para agir. Essa espera, entretanto, é relativa, pois se ela não acontece, ele a faz acontecer, quando tal atitude depende mais dele que dos outros.
O sábio compreende que o nascimento de um ser humano é puro acaso, porque, entre no mínimo 300.000.000 de espermatozóides, chegou primeiro. Assim, percebe o quão é importante ter nascido e por isso faz a diferença onde quer que esteja. Uma pessoa sábia tem defeitos como qualquer ser humano, afinal não é um deus e nem conta com ajuda sobrenatural. Contenta-se com a natureza e com a finitude aparente da vida.
O sábio observa com perspicácia o cotidiano e tira lições da vida como poucos. Ele sabe que os que o julgam, fazem-no a partir dos próprios valores, por isso são suspeitos. Nesse sentido, não se abala com as críticas. Para ele, "o tempo é o senhor da razão". O sábio sabe que são os nossos atos quem diz o que somos e não as nossas palavras, por mais belas que sejam. Conhece a pessoa olhando-a nos olhos. Ele passa a impressão de que faz uma "radiografia da alma". Um sábio desperta a inveja dos medíocres e dos amantes do poder, porém, conhece o inimigo como poucos. O sábio conhece "O PULO DO GATO", mas quase sempre é vítima das "serpentes".
Texto: Marco Aurélio Machado