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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

QUEM SOU EU?

QUEM SOU EU?


Quem sou eu? Sou a lucidez e a mais profunda escuridão. Sou forte e sou fraco. As minhas palavras cortam a alma e também cicatrizam as feridas de quem merece. Sou o elogio mais sincero e a crítica mais mordaz. Sou anjo e demônio e ao mesmo tempo sou o equilíbrio entre os dois. Sou a mão que acaricia e o abraço mais sincero, mas também sou o desprezo mais cruel e o silêncio mais barulhento.
SOU apenas humano, ora!


Quem sou EU? Sou uma bomba atômica ambulante. Sou uma criatura ácida e doce; sou amargo, azedo e ao mesmo tempo afetuoso e carinhoso. Sou o mau-humor e concomitantemente o bom humor elevado ao quadrado. Sou a franqueza mais direta e sou o rancor diante das injustiças. Sou a coerência na incoerência e sou a incoerência na coerência. Sou um poço de virtudes e vícios.


SOU APENAS HUMANO, ORA!


Quem sou eu? Sou o canto dos pássaros e o estrondo da bomba atômica; sou a felicidade da vitória e a tristeza da derrota; sou o diamante bruto e o vidro lapidado; sou o sorriso da criança e o choro do adulto; sou a beleza do pôr do sol e o horror do terremoto; sou a calma do lago e a violência de um tsunami; sou a harmonia da alma e a contradição dos instintos; sou a paciência do monge e a violência do vulcão; sou a calma aparente e a pressa essencial; sou a arrogância do humilde calado e a humildade do tagarela que diz o que pensa; sou o desejo mais intenso e a apatia de um cético.


SOU APENAS HUMANO, ORA!


Quem sou eu? Sou a ignorância do sábio e a sabedoria do estúpido; sou o que busca sem saber o que busca e sou a o que encontra o que não busca; sou a dor do parto e o alívio do nascimento; sou a dor da morte e o pranto da vida; sou o olhar de uma criança e a carranca do carrasco; sou o ciúme, a inveja, o rancor e o ódio, mas também sou a compreensão, o altruísmo e o amor. Sou a contradição do movimento e a morte da estabilidade; sou o passado da culpa e a ansiedade do futuro.


SOU APENAS HUMANO, ORA!


Quem sou eu? Sou a vagareza da tartaruga e a velocidade do guepardo; sou a astúcia da raposa e a inocência do coelho; sou o desejo da vida e a vontade da morte; sou a saciedade e a fome; sou a loteria da natureza e o acaso da consciência; sou fruto do amor e da animalidade do sexo. Sou um buscador da essência da ignorância, pois a essência da ignorância é o ponto de interrogação! Eu sou o filósofo e o imbecil...



Texto: Marco Aurélio Machadowww.marcoaureliofilosofia.blogspot.com