Neste período, de profunda crise mundial causada por um vírus mortal, que afeta as relações pessoais, familiares, sociais, políticas, econômicas, entre outras, mas, principalmente e, acima de tudo, a saúde dos mais de oito bilhões de habitantes do planeta, levando milhares de seres humanos ao óbito, neste dia em que escrevo este texto. Todavia, ainda é muito cedo para afirmarmos que não teremos milhões de pessoas mortas, afinal, a doença parece estar longe de ser controlada no planeta e ainda não sabemos quase nada a respeito do novo Coronavírus, denominado, pela ciência, de COVID-19.
Neste texto, proponho uma reflexão sobre a importância do homem diante do Universo, e a de um vírus, um simples micro-organismo, diante do ser humano. O interessante é que o ser humano não deixa de ser "uma espécie de Universo"em que os vírus "habitam", resta saber a relação que ambos tem com os seus "respectivos Universos"... (Aqui não coloco a possibilidade de multiuniversos estudados pelas diversas áreas da Física. Refiro-me ao nosso Universo "conhecido". Apenas faço uma analogia entre o ser humano em relação ao Universo e o vírus diante do ser humano.)
Entendido o que foi supracitado, o que é o homem em relação ao Universo? NADA! O que é um vírus patogênico (causador de doenças) mais especificamente, o COVID-19, em relação ao ser humano, o "Universo do vírus"? TUDO!! O homem, que se acha tudo, perante o Universo, não é nada; o COVID-19, que não pode pensar, portanto, não pode se achar tudo ou nada, na verdade, mesmo sem o saber, tem um poder de destruição tremendo, tão grande, que faz inveja aos grandes "gênios", que em nome da vaidade e do progresso, inventaram as armas mais temíveis e terríveis para a destruição dos seus semelhantes.
O homem pode destruir o Universo? Penso que não. Pode, no máximo, aniquilar quase todos os seres vivos do nosso minúsculo e insignificante planeta Terra. Mesmo assim é provável que a Terra se recupere com o decorrer do tempo...O COVID-19 que habita o "Universo humano", pode destruir o homem? Pode e tem destruído, mesmo não sendo consciente, inteligente e ético. E o que é pior: os vírus habitam o planeta Terra há alguns bilhões de anos: sofrem mutações e continuam "sobrevivendo nos diversos "alojamentos" dos seres vivos em geral. O ser humano está por aqui no máximo há algumas centenas de milhares de anos.
E eu não poderia terminar este texto sem a seguinte e terrível lembrança: se pelo menos trabalhássemos para eliminar "muitos micro-organismos, adversários inconscientes, na luta pela sobrevivência, ainda estaria muito bom. Entretanto, por causa do poder político e econômico e a vontade de ser superior aos seus semelhantes, sendo que não o é nem contra micro-organismos patogênicos, o homem já é "capaz" de fabricar vírus em laboratório. Não basta a natureza, o todo-poderoso ser humano quer ter armas "biológicas" que talvez fizesse do COVID-19 apenas um brinquedinho de dizimar pessoas inocentes, pois os cientistas, em tese, são capazes de produzir micro-organismos várias vezes mais potentes.
O homem não passa de natureza que produziu um "relâmpago" de consciência e inteligência em si mesma ( a natureza), e enquanto ele não se sentir como parte do Universo, a tendência é que essa luz se apague para sempre. Não é o vírus que é maldito, maldito é quem é consciente para destruir...
TEXTO: MARCO AURÉLIO MACHADO