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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

REFLEXÃO SOBRE MUDANÇAS!!

Eu gostaria de mudar de mim e viver, temporariamente, na mente de outras pessoas e vice-versa. Desejaria que outras pessoas vivessem na minha mente, ou seja, eu não seria eu, seria a mente de alguém, uma outra pessoa não seria ela, mas eu. Apenas, é claro, de um ponto de vista psicológico 


Talvez essa fosse a "verdadeira" empatia...Ser, essencialmente, a história de vida de alguém, de um ponto de vista mais amplo possível: experiências, traumas, memórias, prazeres, dores, pensamentos, preconceitos, emoções, loucuras, crises existenciais, enfim, tudo...

Quantos de nós pensaram sobre tal assunto? Se existisse essa possibilidade, será que muitos se candidatariam? Sim, porque afirmar que deveríamos ter a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro é fácil, não é mesmo? Todavia, ser o outro, ontologicamente, não mais com a sua existência mental, mas "encarnar" a mente de uma outra pessoa, como se você nunca tivesse existido, a situação muda de figura.

Em outras palavras, você seria você, apenas na aparência física, mas sentiria tudo o que o outro(a) sentiu e sente. Como diz o ditado popular: literalmente, "estar na pele do outro". Mais uma vez: é até compreensível, dados os nossos limites, referirmo-nos a sentimentos nobres, como empatia, solidariedade, entre outros, entretanto, é impossível, (pelo menos por enquanto)  encarnamos uma outra pessoa...

Enquanto seres humanos, somos um caos de contradições. Muitos nos chamam de narcisistas,  arrogantes, imaturos, ou nos fazem elogios, que massageiam o nossos egos, não é mesmo? No entanto, quem pode ser "a referência" para ser o juiz(a) do comportamentos dos outros? 

Por outro lado, há comportamentos que jogam por terra tudo o que foi supracitado, como, por exemplo, o genocídio, o nazismo, o fascismo, entre muitas outras violências. Seria muito interessante que as pessoas que defendem tais maldades sofressem uma metamorfose e se tornassem verdadeiramente as vítimas da violência em todas as situações possíveis...Será que aprenderiam? 

O assunto é polêmico e, com certeza, dá uma boa discussão filosófica, todavia, a minha intenção é provocar. Quem é o dono da verdade? E o que é a dita cuja?!!


TEXTO: Marco Aurélio Machado



quarta-feira, 10 de junho de 2020

O HOMEM EM RELAÇÃO AO UNIVERSO E O VÍRUS EM RELAÇÃO AO HOMEM!

Neste período, de profunda crise mundial causada por um vírus mortal, que afeta as relações pessoais, familiares, sociais, políticas, econômicas, entre outras, mas, principalmente e, acima de tudo, a saúde dos mais de oito bilhões de habitantes do planeta, levando milhares de seres humanos ao óbito, neste dia em que escrevo este texto. Todavia, ainda é muito cedo para afirmarmos que não teremos milhões de pessoas mortas, afinal, a doença parece estar longe de ser controlada no planeta e ainda não sabemos quase nada a respeito do novo Coronavírus, denominado, pela ciência, de COVID-19.

Neste texto, proponho uma reflexão sobre a importância do homem diante do Universo, e a de um vírus, um simples micro-organismo, diante do ser humano. O interessante é que o ser humano não deixa de ser "uma espécie de Universo"em que os vírus "habitam", resta saber a relação que ambos tem com os seus "respectivos Universos"... (Aqui não coloco a possibilidade de multiuniversos estudados pelas diversas áreas da Física. Refiro-me ao nosso Universo "conhecido". Apenas faço uma analogia entre o ser humano em relação ao Universo e o vírus diante do ser humano.)

Entendido o que foi supracitado, o que é o homem em relação ao Universo? NADA! O que é um vírus patogênico (causador de doenças) mais especificamente, o COVID-19,  em relação ao ser humano, o "Universo do vírus"? TUDO!! O homem, que se acha tudo, perante o Universo, não é nada; o COVID-19, que não pode pensar, portanto, não pode se achar tudo ou nada, na verdade, mesmo sem o saber, tem um poder de destruição tremendo, tão grande, que faz inveja aos grandes "gênios", que em nome da vaidade e do progresso, inventaram as armas mais temíveis e terríveis para a destruição dos seus semelhantes. 

O homem pode destruir o Universo? Penso que não. Pode, no máximo, aniquilar quase todos os seres vivos do nosso minúsculo e insignificante planeta Terra. Mesmo assim é provável que a Terra se recupere com o decorrer do tempo...O COVID-19 que habita o "Universo humano", pode destruir o homem? Pode e tem destruído, mesmo não sendo consciente, inteligente e ético. E o que é pior: os vírus habitam o planeta Terra há alguns bilhões de anos: sofrem mutações e continuam "sobrevivendo nos diversos "alojamentos" dos seres vivos em geral. O ser humano está por aqui no máximo há algumas centenas de milhares de anos. 

E eu não poderia terminar este texto sem a seguinte e terrível lembrança: se pelo menos trabalhássemos para eliminar "muitos micro-organismos, adversários inconscientes, na luta pela sobrevivência, ainda estaria muito bom. Entretanto, por causa do poder político e econômico e a vontade de ser superior aos seus semelhantes, sendo que não o é nem contra micro-organismos patogênicos,  o homem já é "capaz" de fabricar vírus em laboratório. Não basta a natureza, o todo-poderoso ser humano quer ter armas "biológicas" que talvez fizesse do COVID-19 apenas um brinquedinho de dizimar pessoas inocentes, pois os cientistas, em tese, são capazes de produzir micro-organismos várias vezes mais potentes. 

O homem não passa de natureza que  produziu um "relâmpago" de consciência e inteligência em si mesma ( a natureza), e enquanto ele não se sentir como parte do Universo, a tendência é que essa luz se apague para sempre. Não é o vírus que é maldito, maldito é quem é consciente para destruir...

TEXTO: MARCO AURÉLIO MACHADO