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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

UMA EDUCAÇÃO ESQUIZOFRÊNICA

Enquanto pensarmos a educação apenas como um problema moral e de força de vontade, os "doutores e especialistas de araque" continuarão a fazer a cabeça dos alienados, arrumando um bode expiatório: O PROFESSOR.

Pode-se ter o melhor professor do mundo numa sala de aula, mas se a família não ajudar, se o aluno não estudar, inclusive, em casa, as coisas não se resolverão e continuaremos pagando os "especialistas" de coisa nenhuma a fazer palestras e mais palestras, ganhando dinheiro e não vivendo, na prática, a teoria que preconizam aos outros. Duvido que muitos "especialistas" coloquem em prática o discurso decorado que preconizam à categoria. A maioria talvez nunca tenha pisado numa sala de aula. São cegos querendo nos levar para a escuridão.

O aluno, o professor, a família, a comunidade e a sociedade estão situados num contexto econômico, político, social, cultural e histórico. Como não sofreremos a influência desses setores? Como dar uma aula de ética, por exemplo, e concorrer com a moral burguesa? Disputar espaço com a mídia em todas as suas dimensões? Como falar de uma ética solidária, cooperativa e fraterna, se a nossa sociedade preconiza a disputa, a concorrência e a lei de Gérson?

A verdade é que estamos numa situação econômica, política e social complicada. Este modo de produção levará a espécie humana à extinção. Isso não é discurso de socialista, comunista ou qualquer outra doutrina: É UM FATO. Não levar em consideração a situação como um TODO e que a educação é apenas uma parte do TODO, é estar alienado.

Soluções de "especialistas", que teorizam pela vidraça da janela, sem nunca terem colocado os pés numa favela é conversa fiada para gado dormir. É diarreia cerebral; é curto-circuito mental de quem só tem dois neurônios e um com defeito. Simples!

Vivemos num planeta em que o modo de produção determina as nossas ideias e não o contrário como muitos pensam. A incapacidade de tolerar frustrações é muito grande entre todos nós. O sistema impõe o novo a todo momento. Logo, como formar uma identidade, se tudo se torna obsoleto da noite para o dia?

O mais engraçado? Devemos formar cidadãos críticos, conscientes e participativos!!!! Alguém acredita nisso? Deveria ser assim, mas, infelizmente, não o é. O sistema forma os robôs para dizerem "AMÉM" e consumir. Pior: o consumidor, que deveria ser o senhor do objeto que consome, além de ser mais um objeto, mais uma mercadoria, é também escravo do objeto e não o contrário. Essa é a educação de fato. Somos educados para sermos idiotas a serviço dos nossos "especialistas de araque". São fantoches do esquema e acham que podem iluminar o nosso caminho. ACHO GRAÇA!!

Texto: Marco Aurélio Machado