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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

DEUS E A LÓGICA!

Por que Deus sendo PLENO, precisa de amor? O que é o amor? Por que teve necessidade de criar? Se ele precisa de qualquer coisa, não é perfeito. Não sendo perfeito, não é Deus? Além do mais, a NAVALHA DE OCCAM e as leis da evolução darwinista provam que é a partir do mais simples que se criou o mais complexo. Se DEUS é um ser complexo, por que criaria o mais simples através das leis da evolução, se ele poderia criar o ser humano e tudo o que existe no mundo com a complexidade que vemos hoje?

Mais: se Deus é um ser complexo, ele precisaria de um ser mais complexo ainda, para criá-lo, e assim num processo ad infinintum . O que é mais absurdo? Explicar a natureza, o universo, dentro das possibilidades humanas, do simples para o complexo, como uma verdadeira casualidade ( no sentido de que a evolução não é uma escatologia, não tem nenhum objetivo ou finalidade), ou postular um ser complexo, que criou o mundo, mas ele mesmo não fora criado? Eis o porquê, após Kant, não ser possível possível pensar em Deus de um ponto de vista de uma lógica analítica; e o porquê a metafísica clássica não conseguir resolver esses dilemas.

Perguntas metafísicas sem respostas: de onde saiu Deus? Por que saiu? Se era pleno, por que teve a necessidade de criar o mundo? Se criou, teve uma necessidade, tendo uma necessidade, é carente, sendo carente, como pode ser Deus? Sejamos humildes, não é? Quem é o homem para dar conta de saber sobre tais assuntos! Todos os conceitos de infinitude, perfeição, eternidade, onisciência, onipresença, onipotência, etc., foram criados a partir do efeito, no caso, o homem; e não da causa , no caso, um suposto Deus.

Vejamos: O homem se percebeu finito, inventou algo diferente, a infinitude; o homem se sentiu imperfeito, inventou a perfeição; o homem percebeu que era mortal, inventou a imortalidade ; o homem percebeu que era temporal, inventou a eternidade; o homem é ignorante, inventou a onisciência; o homem só pode estar num lugar por vez, inventou a onipresença; o homem pode muito pouco, inventou a onipotência ; o homem percebeu que não era Deus, inventou um Deus para protegê-lo. Inventou tudo isso, infelizmente esqueceu-se que inventou e tornou-se prisioneiro na sua própria gaiola. Pergunta: Será que foi Deus quem criou o homem ou foi o homem quem criou Deus, como já perguntara o filósofo alemão, Feuerbach?

A questão da existência divina não pode ser resolvida pela lógica; uma equação matemática. Há muitas pessoas que acreditam em Deus (a maioria, e outras, não, mas não se pode em nome da crença ou descrença matar em nome de um Deus. Não nascemos católicos, protestantes, budistas, islâmicos ou quaisquer outras crenças. Aprendemos todas essas crenças em sociedade; somos frutos de uma determinada cultura. Se soubéssemos respeitar as crenças e descrenças dos outros, o mundo não seria este CAOS.

A melhor religião de todas, a meu ver, é viver como se Deus existisse, mas sem fazer um comércio metafísico, esperando ganhar mais lá no CÉU, as supostas boas ações que fazemos neste mundo. Devemos fazer o bem, mesmo que a Ciência algum dia provasse que DEUS não existe; se bem que eu duvido que algum dia saberemos disso. Sabemos muito pouco. E ter consciência que se sabe muito pouco é nada mais nada menos que a velha SABEDORIA. Só os tolos pensam saber muito...Pessoas inteligentes adoram o ponto de interrogação (?).

Texto: Marco Aurélio Machado