Eu sempre fui um crítico do sistema capitalista, e em todos os anos que estive (e ainda estou numa sala de aula), os alunos riam muito quando eu chamava o sistema capitalista de (CAPETALISTA). (Sim, é o próprio diabo, de carne e osso, que destrói tudo: transforma objetos e pessoas em simples mercadorias descartáveis, pois os objetos não têm valor de uso, mas de troca.) Ainda hoje alguns ex-alunos ao me encontrarem, brincam a respeito do que eu dizia.
Gostaria de escrever um pouco sobre este assunto, pois sempre disse também que não se deve enfrentar o inimigo quando ele está mais forte, porque a derrota é quase certa... A meu ver, o inimigo, de tanto ganhar, já não tem tanta força. E a INTERNET, grande ironia, instrumento para o avanço do capital globalizado, desta feita também serve de ponte para a voz do povo. Ela é a voz de um mundo sem fronteiras. Pois é...
Estamos vendo os jornais e demais mídias, perplexos, noticiarem as manifestações que varrem o planeta contra o sistema capitalista. O interessante é que tais protestos começaram justamente nos países mais beneficiados pela riqueza capitalista. Há protestos em vários países do Oriente Médio e da África também, entretanto, a meu ver, por motivos diferentes. Os primeiros querem a"saída" do capitalismo (tomara), os segundos desejam a entrada na "liberdade democrática," e nas promessas do Reino dos Céus, na Terra, feitas pela propaganda capitalista. Estão um pouco atrasados, não? Parece-me já ter ficado claro que o sistema capitalista atual é o "Reino do Inferno" para quase todas as pessoas no mundo. Ele é muito bom para uma minoria. A tal minoria que distribui desgraças pelo mundo, em busca de dinheiro, onde o INFINITO É O LIMITE, e ainda quer que o povo pague a conta. Tudo muito engraçado, não?!! O que está em jogo não é só o sistema capitalista, mas a sobrevivência do nosso ex-lindo planeta azul. A nossa casa. Até mesmo a casa dos defensores do capital!! Se eles não têm responsabilidade...
Quando os grandes conglomerados financeiros e industriais se tornam maiores que os Estados, os acontecimentos que ora presenciamos não poderiam ser diferentes. Os profetas da propaganda capitalista, defensores de que o DEUS mercado regula tudo, por que agora querem que os Estados paguem a conta com o dinheiro do povo? De novo? Todas as outras crises não foram suficientes para que as marionetes do capital (os politiqueiros de plantão) aprendessem a lição? O povo produz tudo, consome menos do que deveria (muitos não têm um prato de comida), têm serviços públicos geralmente muito ruins, mas, que, entretanto, se não fizer nada, pode ficar numa situação muito pior.
Nos momentos de crise o capital avança e faz o Estado mostrar a sua verdadeira face: a de que sempre foi uma extensão dos interesses capitalistas. A maioria dos políticos foi e ainda será agentes vestidos com as máscaras do interesse público, mas, na verdade, está a serviço do capital. VOU DIZER MAIS UMA VEZ: NÃO EXISTE CAPITAL SEM O SUPORTE ONTOLÓGICO DO ESTADO. As pessoas pensam que a esfera da produção (economia) é separada da esfera pública (política), mas isto é pura ilusão. São unha e carne. São a mesma coisa. Até mesmo no chamado "socialismo científico".
Vou dizer pela milésima vez: NÃO HÁ SALVAÇÃO DESTE PLANETA NO ATUAL MODO DE PRODUÇÃO, POIS ESTAS CRISES VIERAM PARA FICAR. Elas são estruturais. Os trabalhadores do mundo inteiro correm o risco de perder os parcos direitos trabalhistas que ainda têm. Não podemos e nem devemos pagar esta conta. Os jogadores, deste imenso cassino global, que paguem a fatura, ora. O povo ainda vai descobrir que só ele tem a força. E não me refiro à violência. De um modo pacífico, ficando em casa sem produzir durante 15 dias...Talvez, assim, as elites reacionárias vão aprender a nos respeitar.
A tecnologia tem que estar a serviço do povo e não pode ser instrumento da exploração e do desemprego das massas. Os pobres já estão acostumados à miséria e à esperança no Paraíso, todavia, parece que aqueles que estavam acostumados à riqueza no mundo material, começaram a sentir na pele o que o "Terceiro Mundo" já sente há muito.
A saída? O ideal seria o bom senso, mas nunca vi o capital abrir mão do lucro! O dilema? O capital sem fronteiras e Estados nacionais. Em última análise, será que o capital está buscando uma forma de implantar um Estado único? Afinal, quem segura o capital? Que a voz do povo seja a voz não de DEUS, mas do próprio povo. Infelizmente, a maioria daqueles que falam em nome de Deus, (é) são instrumentos do CAPITAL TAMBÉM!!!
TEXTO: MARCO AURÉLIO MACHADO
Gostaria de escrever um pouco sobre este assunto, pois sempre disse também que não se deve enfrentar o inimigo quando ele está mais forte, porque a derrota é quase certa... A meu ver, o inimigo, de tanto ganhar, já não tem tanta força. E a INTERNET, grande ironia, instrumento para o avanço do capital globalizado, desta feita também serve de ponte para a voz do povo. Ela é a voz de um mundo sem fronteiras. Pois é...
Estamos vendo os jornais e demais mídias, perplexos, noticiarem as manifestações que varrem o planeta contra o sistema capitalista. O interessante é que tais protestos começaram justamente nos países mais beneficiados pela riqueza capitalista. Há protestos em vários países do Oriente Médio e da África também, entretanto, a meu ver, por motivos diferentes. Os primeiros querem a"saída" do capitalismo (tomara), os segundos desejam a entrada na "liberdade democrática," e nas promessas do Reino dos Céus, na Terra, feitas pela propaganda capitalista. Estão um pouco atrasados, não? Parece-me já ter ficado claro que o sistema capitalista atual é o "Reino do Inferno" para quase todas as pessoas no mundo. Ele é muito bom para uma minoria. A tal minoria que distribui desgraças pelo mundo, em busca de dinheiro, onde o INFINITO É O LIMITE, e ainda quer que o povo pague a conta. Tudo muito engraçado, não?!! O que está em jogo não é só o sistema capitalista, mas a sobrevivência do nosso ex-lindo planeta azul. A nossa casa. Até mesmo a casa dos defensores do capital!! Se eles não têm responsabilidade...
Quando os grandes conglomerados financeiros e industriais se tornam maiores que os Estados, os acontecimentos que ora presenciamos não poderiam ser diferentes. Os profetas da propaganda capitalista, defensores de que o DEUS mercado regula tudo, por que agora querem que os Estados paguem a conta com o dinheiro do povo? De novo? Todas as outras crises não foram suficientes para que as marionetes do capital (os politiqueiros de plantão) aprendessem a lição? O povo produz tudo, consome menos do que deveria (muitos não têm um prato de comida), têm serviços públicos geralmente muito ruins, mas, que, entretanto, se não fizer nada, pode ficar numa situação muito pior.
Nos momentos de crise o capital avança e faz o Estado mostrar a sua verdadeira face: a de que sempre foi uma extensão dos interesses capitalistas. A maioria dos políticos foi e ainda será agentes vestidos com as máscaras do interesse público, mas, na verdade, está a serviço do capital. VOU DIZER MAIS UMA VEZ: NÃO EXISTE CAPITAL SEM O SUPORTE ONTOLÓGICO DO ESTADO. As pessoas pensam que a esfera da produção (economia) é separada da esfera pública (política), mas isto é pura ilusão. São unha e carne. São a mesma coisa. Até mesmo no chamado "socialismo científico".
Vou dizer pela milésima vez: NÃO HÁ SALVAÇÃO DESTE PLANETA NO ATUAL MODO DE PRODUÇÃO, POIS ESTAS CRISES VIERAM PARA FICAR. Elas são estruturais. Os trabalhadores do mundo inteiro correm o risco de perder os parcos direitos trabalhistas que ainda têm. Não podemos e nem devemos pagar esta conta. Os jogadores, deste imenso cassino global, que paguem a fatura, ora. O povo ainda vai descobrir que só ele tem a força. E não me refiro à violência. De um modo pacífico, ficando em casa sem produzir durante 15 dias...Talvez, assim, as elites reacionárias vão aprender a nos respeitar.
A tecnologia tem que estar a serviço do povo e não pode ser instrumento da exploração e do desemprego das massas. Os pobres já estão acostumados à miséria e à esperança no Paraíso, todavia, parece que aqueles que estavam acostumados à riqueza no mundo material, começaram a sentir na pele o que o "Terceiro Mundo" já sente há muito.
A saída? O ideal seria o bom senso, mas nunca vi o capital abrir mão do lucro! O dilema? O capital sem fronteiras e Estados nacionais. Em última análise, será que o capital está buscando uma forma de implantar um Estado único? Afinal, quem segura o capital? Que a voz do povo seja a voz não de DEUS, mas do próprio povo. Infelizmente, a maioria daqueles que falam em nome de Deus, (é) são instrumentos do CAPITAL TAMBÉM!!!
TEXTO: MARCO AURÉLIO MACHADO