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sábado, 10 de abril de 2010

A CORUJA COMO SÍMBOLO DA FILOSOFIA

Por incrível que possa parecer, referimo-nos à Filosofia com uma grande frequência e, pelo menos neste espaço, ou seja, no meu blog, nunca fiz qualquer menção ao símbolo da Filosofia: A CORUJA. A meu ver, a Filosofia, além da coruja, deveria ter mais dois símbolos: o ponto de (?) e o ponto de (!) representando o espanto e a admiração, diante da riqueza do real em todas as suas dimensões. Voltemos ao assunto do símbolo da coruja. Será por que a coruja representa simbolicamente a Filosofia?

A coruja é uma ave peculiar. Tem olhos enormes. Enxerga muito bem à noite. É capaz de enxergar coisas numa escuridão total. Os olhos da coruja representam a razão, o logos grego. A razão é capaz de iluminar as coisas mais sombrias e obscuras. Ilumina, traz à luz assuntos e problemas que a maioria das pessoas olha, mas não "enxerga". É capaz de transcender o imediato e aquilo que é encoberto pela ideologia e as convenções sociais. Desvelar o que está oculto e aparente, e relacionar o que está "fragmentado". Olhar as coisas com os "olhos" do intelecto, é ver por dentro, o que muitos só veem por fora. Buscar e mergulhar além das aparências e encontrar a essência, o fundamento ou a raiz do problema. Criticar, analisar, comparar, relacionar, refletir, problematizar, duvidar e continuar interrogando são os atos do filosofar propriamente dito.

Por outro lado, o pescoço da coruja é constituído de tal forma, que a possibilita girá-lo e ver as coisas através de vários ângulos. É o que faz a Filosofia. Uma verdadeira Filosofia é inimiga dos dogmas, das verdades absolutas e eternas. Quem dera se a maioria dos homens fosse capaz de refletir sobre todos os problemas humanos de uma forma tão ampla...quem dera...Fica, portanto, esta pequena colaboração sobre este símbolo tão importante da Filosofia: "A MAJESTOSA CORUJA". É uma pena, que em vez das pupilas, a coruja não tenha nascido com dois desenhos em cada olho: UM PONTO DE INTERROGAÇÃO (?) E UM PONTO DE EXCLAMAÇÃO (!). Bom, acabei de acordar de um belo sonho...Sonhava que os homens haviam acordado do seu sono dogmático e, que, finalmente, fariam um bom uso da sua razão, a única forma de construírmos um mundo melhor...

Texto: Marco Aurélio Machado