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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

FILOSOFIA DA MENTE

A mente existe no cérebro, mas é independente, ou pelo contrário, a mente não passa de um processo físico-químico? Como um analgésico interfere numa dor de cabeça, por exemplo? Como um comprimido pode aliviar os sintomas de um esquizofrênico? A esquizofrenia seria uma doença da alma ou um desequilíbrio bioquímico? Neste caso, seria a mente apenas material? Não sou especialista em neurociência e nem em outras áreas de estudo do cérebro.

Tenho lido alguma coisa sobre Filosofia da mente. Não me lembro no momento o nome do filósofo, mas um deles tem uma teoria, no mínimo, intrigante. Ele disse que daqui a alguns anos (décadas), o ser humano será capaz de transmitir todo o conteúdo mental para um robô. Seria o advento da imortalidade?

A mente é intrigante. As pesquisas na área vão jogar muitas "verdades absolutas" por terra. Por isso é muito importante abrirmos a nossa mente para novas possibilidades. Como estudá-la objetivamente? Por mais que façamos experimentos cientifícos e vejamos cada área do cérebro em diversas cores, o pensamento sobre a cor azul, por exemplo, não faz essa parte do cérebro ficar azul. Quando sinto uma dor qualquer, como o interlocutor poderia medir a intensidade do meu sofrimento físico? Quando uma pessoa sofre um AVC, mesmo que algumas áreas do cérebro sejam afetadas, ela desenvolve mecanismos que compensam a área afetada. Enfim, as perguntas continuam...

O assunto é por demais complexo para ser resumido em tão poucas linhas. Será que chegará o dia em que a ciência terá a última palavra sobre a mente? Em última análise, a mente é de natureza apenas material e natural? O mental faz parte do espiritual, no sentido da possibilidade de haver uma alma dentro do nosso corpo? Há espaço para o dualismo psicofísico, ou seja, uma alma separada do corpo como queria Descartes? O mental é a própria matéria num grau mais elevado de refinamento e complexidade?

O fato é que este estudo é tão interessante, que as futuras respostas sobre a natureza da mente e do cérebro, podem fazer virar pó todas as nossas crenças religiosas, bem como abalar definitivamente a relação que o homem tem consigo mesmo, com os seus semelhantes e com as crenças sobrenaturais e espirituais.

De minha parte, acho que a mente e o cérebro são a mesma coisa. Penso que mais cedo ou mais tarde as diversas disciplinas que estudam o cérebro-mente provarão essa tese. Acredito no naturalismo. Por quê? Porque é mais fácil de ser explicado; não pressupõe o sobrenatural, e, responde, talvez, não satisfatoriamente, o efeito que as substâncias químicas têm sobre o cérebro.

Todavia, a Filosofia da mente não tem respostas para tais questões. Ela continuará a fazer perguntas e as respostas vão se tornar novas perguntas. Um dia saberemos? Espero estar vivo para ver o edifício ruir ou mudar o meu ponto de vista! Quem sabe?!!



Texto: Marco Aurélio Machado