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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

EDUCAÇÃO E IDEOLOGIA CAPITALISTA

Eu estou convencido de que o sujeito faz parte de um todo. Não separo a educação da economia, da política e das questões sociais. É uma grande engrenagem complexa e de difícil explicação. Uma coisa é certa: o sistema quer arrumar o culpado, o bode expiatório. Normalmente, o professor é o responsável por todas as mazelas referentes à educação. É mais fácil arrumar um culpado e os governantes encarnarem o papel de Pôncio Pilatos...

O sistema capitalista gera o desejo, o conforto, o estímulo ao consumo, a lei do menor esforço. Gera também, em muitos, a necessidade de ter apenas um diploma. Principalmente, um diploma de Ensino Médio porque muitas empresas o exigem, mas, também, o diploma de um curso superior, mesmo que seja numa faculdade que só visa o lucro e o ensino é de péssima qualidade. O importante é o PP: pagou, passou.

A educação é coisa séria demais para ser uma mercadoria como outra qualquer. Não existe apenas uma teoria para explicar toda a realidade educacional, porque o conceito é universal e, por isso, congela o real. O mundo, a sociedade, o homem e a realidade educacional são dinâmicos, mudam o tempo todo, logo, não se deixam explicar facilmente.

Veja um dos grandes problema da educação: a repetência. Eu penso que a instituição da repetência é um problema, pois muitos jovens passam da idade escolar e acabam evadindo. Por outro lado, os ciclos toleram alunos que chegam ao Ensino Médio sem saberem ler e escrever. A construção de um meio termo seria o ideal.

Eu, particularmente, penso que não se deve reter o aluno do Ensino Médio. Evidentemente, a família, a sociedade, a economia, a cultura, a alimentação, os conflitos existenciais, etc., contribuem para o sucesso ou o fracasso escolar. Todavia, acredito que a maior escola é a vida. Se a pessoa durante o período que estudou não quis nada com a "dureza," e além de não estudar, atrapalha os colegas, por que se deveria reter esse aluno? A vida será a sua melhor mestre. Os alunos do EJA, que não tiveram oportunidade de estudar quando eram jovens, são um belo exemplo disso. A diferença é que dão o maior valor aos estudos. Evidentemente, eles não têm mais tempo a perder. Por outro lado, algumas profissões exigem que o formando saiba muito e não se deve dar um diploma para qualquer um. Eis um grande dilema...Devemos deixar nas mãos do DEUS mercado? Pois é...

Texto: Marco Aurélio Machado