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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

FILOSOFAR ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE!

Filosofar é voltar a ser criança. É olhar para todas as coisas como se tivéssemos olhando-a pela primeira vez. É o espanto e a admiração. É ter dúvida, onde a maioria das pessoas tem certezas. É ter uma visão ampla, raciocínio rigoroso e coerente e, principalmente, ir à raiz das questões.

A Filosofia é diferente da ciência. Onde a ciência termina, começa a Filosofia. Por outro lado, onde termina a Filosofia, começa a religião. Tudo é objeto do filosofar. Mas há um limite. Vamos até essa fronteira. Daí para a frente, se não tomarmos cuidado, expulsaremos a razão e deixaremos a imaginação e a fantasia tomarem conta do nosso ser.

Filosofar é um ato corajoso. É mergulhar fundo. É sofrer toda a responsabilidade e a angústia pelos efeitos das nossas perguntas. Cada resposta torna-se-á uma nova pergunta. É, por isso, que a Filosofia existe desde o século VI a.C. Quem deseja certezas, deve correr da Filosofia como o diabo foge da cruz. Na Filosofia não há lugar para misticismos e superstições infantis.

Filosofar é incomodar: perguntar, comparar, analisar, confrontar, sacudir, criticar e buscar ad infinitum as respostas. É dormir e acordar com as perguntas. É sonhar e ter pesadelos com o ponto de interrogação. É pular no abismo profundo da nossa "alma". É brincar com as respostas como as crianças...É andar na escuridão em busca da luz. É preferir o precipício ao terreno firme. É ter orgasmos intelectuais com aquilo que de mais sagrado o ser humano tem: A LUZ DA RAZÃO.

Seja bem-vinda, madame Filosofia e os seus benditos frutos: O ESPANTO E A ADMIRAÇÃO! Sem eles, a Humanidade se perde na mais profunda escuridão da estupidez, e pode fazer companhia aos equinos!! Os equinos têm uma vantagem sobre aqueles que residem nas certezas e, por isso, matam o movimento, o dinamismo, numa palavra, a própria vida. Eles não sabem que são equinos...Façamos, urgentemente, o uso da razão, para que o mundo humano seja iluminado por ideais nobres e altruístas guiados pelo bom senso; para que aqueles que vivem nas trevas dogmáticas não nos apontem o caminho do delírio, de uma imaginação descontrolada e, portanto, paranóica. Onde não há luz filosófica, só pode haver as trevas mais nefastas ao gênero humano...



TEXTO: Marco Aurélio Machado