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sábado, 24 de outubro de 2009

ARISTÓTELES E OS LIMITES DA RAZÃO MODERNA!

Aristóteles, a meu ver, foi o maior filósofo de todos os tempos. Sempre fiquei extasiado diante de tamanha inteligência. Impressionante! Por mais brilhante que ele seja, entretanto, o Deus dele é ATO PURO. O princípio motor, que move todas as coisas, mas não é movido por nenhuma. Contudo, o Deus de Aristóteles não interfere no mundo, apenas o coloca em movimento.

Além do mais, Aristóteles não dispunha dos equipamentos de que dispomos hoje para podermos conhecer o Universo e propor leis estritamente naturais. Para explicar os conceitos de movimento, potência e ato e a sua noção teleológica, ele teve que recorrer a um primeiro motor. Mas ele não colocou o problema de quem causou o primeiro motor e assim ad infinitum. Como escapar do desafio cético em tal situação? O povo grego acreditava que o mundo não fora criado, era eterno. Aristóteles não deixa de ser o gigante dos gigantes por causa disso. Penso que ainda está para nascer um filósofo tão brilhante...

Todavia, na época contemporânea, querer explicar a existência de Deus através de conceitos aristotélicos, não dá. De onde o homem tira os conceitos de onipotência, onisciência, onipresença, eternidade, infinito, imortalidade, perfeição e tantos outros, a não ser da experiência humana, quando ele percebe que não tem nenhum dos atributos acima citados?

Ele inventa esses conceitos, porque, simplesmente, é diferente em tudo com relação aos mesmos. Como quer proteção e se sentir seguro, projeta um ser a sua imagem e semelhança no céu. São muletas sobrenaturais. Criadas a partir da experiência humana, que é finita, temporal, mortal, ignorante, ocupa um espaço por vez, pode muito pouco e é imperfeito. Não é porque qualquer autoridade em filosofia disse que o homem é isso ou aquilo, que vamos engolir como se fossem verdades absolutas. Penso que o conhecimento deve se ater aos fenômenos naturais. O resto são acrobacias que violentam a lógica e o bom senso. Simples!

Texto: Marco Aurélio Machado